O amor é felicidade quando é descoberto
é incerteza na época da conquista
é solidão quando é platônico
é calor quando é também paixão
é ansioso quando não compreende a lentidão do caminhar do outro
é incompreendido quando busca ser racional
é vazio quando não se acredita nele
é dolorido quando longe da pessoa amada
é conforto quando é retribuído
é intrigante quando se tenta descobrir o que o outro pensa ou sente
é descoberta na convivência
é força quando se confia no outro
é reciprocidade no sorriso retribuído
é ousadia quando tudo parece ir contra
é impaciente quando espera o outro chegar
é insistente se acredita
é esperança como cada novo amanhecer
é persistente quando quer dar certo
é delicioso como o prato predileto
é saudosista quando prefere o passado
é otimista quando se projeta no futuro
é saboroso como tomar sorvete e se lambuzar.
sábado, 25 de outubro de 2008
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Sua resposta
Me fizeram uma pergunta muito difícil de responder. Quer dizer, nem tão difícil assim. Acho que nunca um namorado me perguntou isso. “Quando foi que você descobriu que me amava?”. Essa foi a pergunta. Simples. Direta. Mas com uma carga emocional que não merece ser desprezada por uma resposta breve e de supetão. Isso me ficou pulsante na cabeça, como aquela dorzinha que só passa se você encontra realmente o motivo dela. Mas no meio de tanta coisa pra estudar e produzir. Desmotivada pela distância e por uma pequena discussão, resolvi adiar a resposta. Muito educado, o autor não mais me questionou. Ele compreendeu que na hora certa a resposta viria. E virá. Está vindo. Espero conseguir terminar esse texto e lhe entregar a resposta. Inicialmente tentei despistar dizendo que não houve um marco de consciência temporal que me fez perceber entre um momento e outro que ali surgiu o amor. Tentei transmitir, da maneira como enxergo que deve ser uma relação, que o amor é construído em caráter processual e, assim, infla-se cada dia mais um pouco. Não é mentira. Mas não foi o que ele me perguntou. Estava eu fazendo como os políticos em entrevista coletiva, respondendo da maneira mais conveniente. Acredito que eles se portem assim ou por não saberem a resposta, o famoso embromation, ou porque querem esconder alguma coisa. Mas, Peraí, e eu? Onde me encaixo nessa história? Eis a questão... será que me faltam as palavras por não saber ou por não querer. Tá bom, agora eu quero. Então, deixe-me pensar aqui. Acho que a primeira vez que disse, ou melhor, escrevi, chamando de amor, ou melhor, amorzinho, eu estava embriagada por um sentimento gostoso, ainda sem definição. Mas a pergunta foi quando eu senti. Não sei se foi ali com as flores. Não sei se foi na cama fazendo amor. Mas acho, quer dizer, tenho quase certeza, que foi ali, naquele incrível pôr-do-sol, que tive certeza que queria arriscar, que queria que aquele momento se prolongasse, que queria estar em seus braços. Bom, se isso não é amor, não sei o que é...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Primavera
E a primavera nos convida a um olhar apreciador e cuidadoso da exuberância e perfeição da natureza... Há seres que se preparam o ano todo para ter seu triunfo único e magistral em um único dia de primavera...
Primavera
Cecília Meirelles
"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega
(...)
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera."
sábado, 20 de setembro de 2008
Deficiências
Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês. "Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
mario quintana
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês. "Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
mario quintana
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Homens que se dão bem
Retirei de um post de um Blog neste listado (O homem sincero). Uma interessante lista que enumera qualidades dos homens que têm sucesso com as mulheres. O post citado conta do personagem que ao reler a lista contida em um livro de sua estante, resolve devolvê-lo à prateleira.
Vale ler o post.
http://www.ohomemsincero.globolog.com.br/
Vale ler a lista.
Vale concordar ou não.
"Gostava de listas, e esta era instrutiva e divertida. Dão-se bem os seguintes homens, conforme escrito no livro:
1) os versados na ciência do amor;
2) os que têm habilidade para contar histórias;
3) os que conhecem as mulheres desde a infância;
4) os que conquistaram a confiança delas, mulheres;
5) os que lhes enviam presentes;
6) os que falam bem;
7) os que fazem coisas de que elas gostam;
8) os que nunca amaram outras mulheres;
9) os que conhecem seus pontos fracos;
10) os que gostam de festas;
11) os liberais;
12) os que são famosos por sua força;
13) os empreendedores e corajosos;
14) os que superam os demais homens em cultura, aparência, boas qualidades e generosidade.
Pedro devolveu o livro à prateleira de filososia oriental. Poucos livros são para guardar. Os Aforismos do Amor de Vatsayana, pensou ele, era um deles."
Vale ler o post.
http://www.ohomemsincero.globolog.com.br/
Vale ler a lista.
Vale concordar ou não.
"Gostava de listas, e esta era instrutiva e divertida. Dão-se bem os seguintes homens, conforme escrito no livro:
1) os versados na ciência do amor;
2) os que têm habilidade para contar histórias;
3) os que conhecem as mulheres desde a infância;
4) os que conquistaram a confiança delas, mulheres;
5) os que lhes enviam presentes;
6) os que falam bem;
7) os que fazem coisas de que elas gostam;
8) os que nunca amaram outras mulheres;
9) os que conhecem seus pontos fracos;
10) os que gostam de festas;
11) os liberais;
12) os que são famosos por sua força;
13) os empreendedores e corajosos;
14) os que superam os demais homens em cultura, aparência, boas qualidades e generosidade.
Pedro devolveu o livro à prateleira de filososia oriental. Poucos livros são para guardar. Os Aforismos do Amor de Vatsayana, pensou ele, era um deles."
Felicidade
*Energia que arromba o peito e faz uma festa sem nos consultar. * Estado de graça. * Estado de achar graça na vida. * Efeito alcançado pela ação de simples noites estreladas e poéticas declarações de amor. * Fazer a vida valer a pena! *
quarta-feira, 16 de julho de 2008
lendo, escrevendo e sentindo poesia
Eu deveria estar estudando, mas estou chorando na frente do computador. Rolei a barra até o fim, voltei a ler antigos escritos... ah... quantos desabafos (e eu deveria estar estudando).
Foi surpreendente ver quanta dor, quanta beleza, quanta alegria, quantas dúvidas, quanta inspiração. E isso aqui continua a cumprir sua função onde despejo desejos, neste espaço público de meu anonimato.
Achei que estudar seria fácil e me ajudaria a fugir de minha mente perturbada dando um foco aos pensamentos, que nada, troquei agora os estudos para passar o tempo lendo, escrevendo e sentindo poesia.
DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente,
em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão,por toda parte,os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
M.Quintana
Foi surpreendente ver quanta dor, quanta beleza, quanta alegria, quantas dúvidas, quanta inspiração. E isso aqui continua a cumprir sua função onde despejo desejos, neste espaço público de meu anonimato.
Achei que estudar seria fácil e me ajudaria a fugir de minha mente perturbada dando um foco aos pensamentos, que nada, troquei agora os estudos para passar o tempo lendo, escrevendo e sentindo poesia.
DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente,
em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão,por toda parte,os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
M.Quintana
AH, A ESTA alma que não arde
AH, A ESTA alma que não arde
Não envolve, porque ama,
A esperança, ainda que vã,
O esquecimento que vive
Entre o orvalho da tarde
E o orvalho da manhã.
Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.
De Fernando Pessoa
Por que esta louca vontade de ter o mundo aos pés, se vivo a incapacidade de me apaixonar? Faço de momentos de boa companhia a alegria de dias de recordações dolorosas. Faço da vontade de ser amada o escape de quem não consegue se entregar. Num efeito de medusa fiz com os que se aproximaram verdadeiramente de mim tivessem roubado o encanto, e hoje, isso se transforma no meu pranto, de quem muito teve, tem, quer, mas não sabe o que amar. De mim. De quem sofre por ter tanto em pouco e tão pouco na maior parte do tempo.
Não envolve, porque ama,
A esperança, ainda que vã,
O esquecimento que vive
Entre o orvalho da tarde
E o orvalho da manhã.
Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.
De Fernando Pessoa
Por que esta louca vontade de ter o mundo aos pés, se vivo a incapacidade de me apaixonar? Faço de momentos de boa companhia a alegria de dias de recordações dolorosas. Faço da vontade de ser amada o escape de quem não consegue se entregar. Num efeito de medusa fiz com os que se aproximaram verdadeiramente de mim tivessem roubado o encanto, e hoje, isso se transforma no meu pranto, de quem muito teve, tem, quer, mas não sabe o que amar. De mim. De quem sofre por ter tanto em pouco e tão pouco na maior parte do tempo.
domingo, 6 de julho de 2008
Emília conversa com Visconde
terça-feira, 24 de junho de 2008
Despedida - Cecília Meireles
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
terça-feira, 10 de junho de 2008
Soneto de aniversário
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Vinicius de Moraes
Homenagem à amiga, irmã de coração que faz aniversário hoje
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Suor, lágrimas e confissões de amor
o clima de despedida dava vontade de chorar
engolia cada lágrima
queria que aquela última noite fosse especial
resolveu nem discutir a relação
ele tocou no assunto, ela desconversou
e engolia cada vez mais lágrimas
depois do vinho, a dança e os amigos,
embaixo do bloco, a despedida pegava fogo
na cama
ela engoliu mais algumas lágrimas
ele engolia seu gozo
de suor, lágrimas e confissões de amor
sem fazer sentido algum
faziam planos
se devoravam
com o gosto voraz da despedida
até que adormeceram juntos
e mais uma vez ela fugiu
antes do sol nascer
e deixou rolar todas as lágrimas presas
de tantos planos que mais uma vez não vão se realizar
engolia cada lágrima
queria que aquela última noite fosse especial
resolveu nem discutir a relação
ele tocou no assunto, ela desconversou
e engolia cada vez mais lágrimas
depois do vinho, a dança e os amigos,
embaixo do bloco, a despedida pegava fogo
na cama
ela engoliu mais algumas lágrimas
ele engolia seu gozo
de suor, lágrimas e confissões de amor
sem fazer sentido algum
faziam planos
se devoravam
com o gosto voraz da despedida
até que adormeceram juntos
e mais uma vez ela fugiu
antes do sol nascer
e deixou rolar todas as lágrimas presas
de tantos planos que mais uma vez não vão se realizar
O Último pôr-do-Sol
No dia em que você foi embora, eu fiquei
sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que não vivi,
pensando em nós dois
Pois no dia em que você foi embora,
eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
ultimo homem no dia em que o sol morreu
Esse bolg começou pela vontade de ver materializados e de alguma forma resgistrados os sentimentos que ferviam dentro de mim, por conta de uma paixão que acabava de partir...
queria escrever pra ele, mesmo sem ele saber que esse espaço existe
queria ser musa inspiradora e inspirada
...quase um ano depois...
as paixões mudaram,
os sentimentos e motivações também
Hoje, mais uma vez, impregnada pelo amargo sabor de outra despedida, de outra paixão,
canto mais uma vez a música acima
e se alguém perguntar por mim
diz que fui por ai
tentando fazer um samba
pra curar a dor
sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que não vivi,
pensando em nós dois
Pois no dia em que você foi embora,
eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
ultimo homem no dia em que o sol morreu
Esse bolg começou pela vontade de ver materializados e de alguma forma resgistrados os sentimentos que ferviam dentro de mim, por conta de uma paixão que acabava de partir...
queria escrever pra ele, mesmo sem ele saber que esse espaço existe
queria ser musa inspiradora e inspirada
...quase um ano depois...
as paixões mudaram,
os sentimentos e motivações também
Hoje, mais uma vez, impregnada pelo amargo sabor de outra despedida, de outra paixão,
canto mais uma vez a música acima
e se alguém perguntar por mim
diz que fui por ai
tentando fazer um samba
pra curar a dor
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Dormes comigo hoje?
"Tomas dizia consigo mesmo: deitar-se com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixoes nao apenas diferentes mas quase contraditorias. O amor nao se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidao inumeravel de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma so mulher)."
dica da semana: "A Insustentavel Leveza do Ser", by Milan Kundera.
domingo, 18 de maio de 2008
preocupações
Andava pré-ocupada
ocupada antes do tempo
ocupada com o que estava distante
esqueci de viver o que se pasava debaixo do meu nariz
o presente nem chegava a acontecer
e eu estava pré-ocupada
e a tal da vida rara
passando...
o mundo em velocidade acelerada
mas, se quer saber,
não há melhor dia que o hoje
não há nada que se possa fazer se não for agora
e o amanhã?
só depois que eu esgotar cada minuto do hoje
ocupada antes do tempo
ocupada com o que estava distante
esqueci de viver o que se pasava debaixo do meu nariz
o presente nem chegava a acontecer
e eu estava pré-ocupada
e a tal da vida rara
passando...
o mundo em velocidade acelerada
mas, se quer saber,
não há melhor dia que o hoje
não há nada que se possa fazer se não for agora
e o amanhã?
só depois que eu esgotar cada minuto do hoje
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Eros
Mitológico Eros
A doce loucura pintada sobre o véu do teu corpo
O suspiro inspirado
A nuvem que se afasta e te descobre
Nu
Acaricio a vulnerabilidade de ti
Disparo sobre ti a arma de cristais que te faz ser homem
O desejo
A volúpia
A excentricidade de fazer-te meu uno
A inocência utópica de tuas vestes translúcidas
O arrepio volúvel
O adormecido desperto
O teu corpo
Nu
Bebes um golo do vinho dos deuses
E deixas-te cair sobre panos enrolados de cetim
Cedo à tua mitologia orgásmica
Cedo ao grito
Ao prazer
Cedo à imagem reflectida no espelho da criação
Emergimos os dois no banho da saudade
Palavras de eternidade
Sussurros vespertinos
O não verbo de deixar-te partir
E tu?
Elfo que desabrochas sobre uma montanha
Mitológico Eros
Ambrosiano parceiro de Afrodite
Misantropia erótica
Enlevo rodopiante
Abraço-me ao belo de ti e recebo o infinito.
(autor desconhecido)
O suspiro inspirado
A nuvem que se afasta e te descobre
Nu
Acaricio a vulnerabilidade de ti
Disparo sobre ti a arma de cristais que te faz ser homem
O desejo
A volúpia
A excentricidade de fazer-te meu uno
A inocência utópica de tuas vestes translúcidas
O arrepio volúvel
O adormecido desperto
O teu corpo
Nu
Bebes um golo do vinho dos deuses
E deixas-te cair sobre panos enrolados de cetim
Cedo à tua mitologia orgásmica
Cedo ao grito
Ao prazer
Cedo à imagem reflectida no espelho da criação
Emergimos os dois no banho da saudade
Palavras de eternidade
Sussurros vespertinos
O não verbo de deixar-te partir
E tu?
Elfo que desabrochas sobre uma montanha
Mitológico Eros
Ambrosiano parceiro de Afrodite
Misantropia erótica
Enlevo rodopiante
Abraço-me ao belo de ti e recebo o infinito.
(autor desconhecido)
O banquete
Não é, evidentemente, a união física que faz com que um sinta um prazer tão grande com a presença do outro e a ela aspire com tanta força, mas é indubitavelmente uma coisa diferente o que a alma de ambos quer, uma coisa que ela não pode exprimir e que só palpita nela como obscura intuição do que é a solução do enigma da sua vida.
No trailer do filme banquete diz que os deuses estavam entediados e resolveram criar os homens, mas, continuaram entediados e inventaram o amor. Experimentaram o amor e finalmente inventaram a risada, para conseguir tolerá-lo.
No trailer do filme banquete diz que os deuses estavam entediados e resolveram criar os homens, mas, continuaram entediados e inventaram o amor. Experimentaram o amor e finalmente inventaram a risada, para conseguir tolerá-lo.
O trecho inicial me chamou atenção e curiosa fui assistir ao filme.
Antes conversei com algumas pessoas que me contaram existir um livro chamado BANQUETE, que fala de diversas visões do amor, sob o olhar de diversos filósofos.
Fui atrás do livro
Assisti ao filme
Assistam ao filme!
Apesar de ser menos do que eu espera, porque achava que discutiria mais filosofia, vale a pena conferir, com um olhar para as mais amplas manifestações amorosas do ser.
Claro que o livro é mais denso, intrigante e provova muito mais reflexão, inquietação e questionamentos interiores - especialmente em uma pessoa em busca de um amor paradoxal, onde convivam a intensidade e a tranquilidade, pode!?
Aristófanes termina seu discurso sobre o amor de forma belíssima, profetizando que o homem só terá uma vida feliz se tomado por Eros (Deus grego do amor e do desejo):
Falo em tese, tanto do homem como da mulher, para afirmar que nossa espécie só poderá ser feliz quando realizarmos plenamente a finalidade do amor e cada um de nós encontrar o seu verdadeiro amado, retornando, assim, à sua primeira natureza.
domingo, 4 de maio de 2008
o poeta sempre tem algo para mim
"É meu amigo,
só resta uma certeza
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo
o amor"
(Carta ao Tom - Vinícius de Moraes e Toquinho)
só resta uma certeza
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo
o amor"
(Carta ao Tom - Vinícius de Moraes e Toquinho)
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Só escreve quem vive
"Versos não são o que as pessoas imaginam: simples sentimentos... Eles são experiências. Para a construção de um simples verso, é preciso ver muitas cidades, homens e coisas, é preciso conhecer os animais, é preciso perceber como os pássaros voam e conhecer o movimento que uma flor abre pela manhã"
R.M.Rilke
R.M.Rilke
Autonomia
quarta-feira, 23 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Você nunca conhece realmente as pessoas.
Delicatessen
Hilda Hilst
Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais. Das criaturas. Vá lá. Gosto de voltar a este tema. Outro dia apareceu uma moça aqui. Esguia, graciosa, pedindo que eu autografasse meu livro de poesia, "tá quentinho, comprei agora". Conversamos uns quinze minutos, era a hora do almoço, parecia tão meiga, convidei-a para almoçar, agradeceu muito, disse-me que eu era sua "ídala", mas ia almoçar com alguém e não podia perder esse almoço. Alguém especial?, perguntei. Respondeu nítida: "pé-de-porco". Não entendi. Como? "Adoro pé-de-porco, pé-de-boi também". Ahn... interessante, respondi. E ela se foi apressada no seu Fusquinha. Não sei por que não perguntei se ela gostava também de cu de leão. Enfim, fiquei pasma. Surpresas logo de manhã.
Olga, uma querida amiga passando alguns dias aqui conosco, me diz: pois você sabe que me trouxeram uma noite um pé-perna de porco, todo recheado de inverossímeis, como uma delicadeza para o jantar? Parecia uma bota. Do demo, naturalmente. E lendo uma entrevista com W. H. Auden, um inglês muito sofisticado, o entrevistador pergunta-lhe: "O que aconteceu com seus gatos?" Resposta: "Tivemos que matá-los, pois nossa governanta faleceu". Auden também gostava de miolo, língua, dobradinha, chouriços e achava que "bife" era uma coisa para as classes mais baixas, "de um mau gosto terrível", ele enfatiza. E um outro cara que eu conheci, todo tímido, parecia sempre um urso triste, também gostava de poesia... Uma tarde veio se despedir, ia morar em Minas... Perguntei: "E todos aqueles gatos de que você gostava tanto?" Resposta: "Tive de matá-los". "Mas por quê?!" Resposta: "Porque gatos gostam da casa e a dona que comprou minha casa não queria os gatos". "Você não podia soltá-los em algum lugar, tentar dar alguns?" Olhou-me aparvalhado: "Mas onde? Pra quem?" "E como você os matou?" "A pauladas", respondeu tranqüilo, como se tivesse dado uma morte feliz a todos eles. E por aí a gente pode ir, ao infinito.
Aqueles alemães não ouviam Bach, Wagner, Beethoven, não liam Goethe, Rilke, Hölderlin(?????) à noite, e de dia não trabalhavam em Auschwitz? A gente nunca sabe nada sobre o outro. E aquele lá de cima, o Incognoscível, em que centésima carreira de pó cintilante sua bela narina se encontrava quando teve a idéia de criar criaturas e juntá-las?
Oscar, traga os meus sais.
Texto extraído do jornal “Correio Popular”, de Campinas-SP, edição de 01/03/1993.
Hilda Hilst
Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais. Das criaturas. Vá lá. Gosto de voltar a este tema. Outro dia apareceu uma moça aqui. Esguia, graciosa, pedindo que eu autografasse meu livro de poesia, "tá quentinho, comprei agora". Conversamos uns quinze minutos, era a hora do almoço, parecia tão meiga, convidei-a para almoçar, agradeceu muito, disse-me que eu era sua "ídala", mas ia almoçar com alguém e não podia perder esse almoço. Alguém especial?, perguntei. Respondeu nítida: "pé-de-porco". Não entendi. Como? "Adoro pé-de-porco, pé-de-boi também". Ahn... interessante, respondi. E ela se foi apressada no seu Fusquinha. Não sei por que não perguntei se ela gostava também de cu de leão. Enfim, fiquei pasma. Surpresas logo de manhã.
Olga, uma querida amiga passando alguns dias aqui conosco, me diz: pois você sabe que me trouxeram uma noite um pé-perna de porco, todo recheado de inverossímeis, como uma delicadeza para o jantar? Parecia uma bota. Do demo, naturalmente. E lendo uma entrevista com W. H. Auden, um inglês muito sofisticado, o entrevistador pergunta-lhe: "O que aconteceu com seus gatos?" Resposta: "Tivemos que matá-los, pois nossa governanta faleceu". Auden também gostava de miolo, língua, dobradinha, chouriços e achava que "bife" era uma coisa para as classes mais baixas, "de um mau gosto terrível", ele enfatiza. E um outro cara que eu conheci, todo tímido, parecia sempre um urso triste, também gostava de poesia... Uma tarde veio se despedir, ia morar em Minas... Perguntei: "E todos aqueles gatos de que você gostava tanto?" Resposta: "Tive de matá-los". "Mas por quê?!" Resposta: "Porque gatos gostam da casa e a dona que comprou minha casa não queria os gatos". "Você não podia soltá-los em algum lugar, tentar dar alguns?" Olhou-me aparvalhado: "Mas onde? Pra quem?" "E como você os matou?" "A pauladas", respondeu tranqüilo, como se tivesse dado uma morte feliz a todos eles. E por aí a gente pode ir, ao infinito.
Aqueles alemães não ouviam Bach, Wagner, Beethoven, não liam Goethe, Rilke, Hölderlin(?????) à noite, e de dia não trabalhavam em Auschwitz? A gente nunca sabe nada sobre o outro. E aquele lá de cima, o Incognoscível, em que centésima carreira de pó cintilante sua bela narina se encontrava quando teve a idéia de criar criaturas e juntá-las?
Oscar, traga os meus sais.
Texto extraído do jornal “Correio Popular”, de Campinas-SP, edição de 01/03/1993.
Frases
Abstinência.
A abstinência é um boa coisa, desde que praticada com moderação. (Anônimo)
Casamento.
O casamento é o preço que os homens pagam pelo sexo; o sexo é o preço que as mulheres pagam pelo casamento. (Anônimo)
A abstinência é um boa coisa, desde que praticada com moderação. (Anônimo)
Casamento.
O casamento é o preço que os homens pagam pelo sexo; o sexo é o preço que as mulheres pagam pelo casamento. (Anônimo)
não podemos abrir mão
de pelo menos um dia na semana pra acordar sem o despertador,
dias quentes ao ar livre,
farra no carnaval,
de abraçar quem a gente gosta,
aprender a cozinhar nem que seja apenas um prato (mas que se torne a especialidade)
sorvete de fruta no calor,
de dizer não,
deixar o orgulho de lado,
comer até ficar triste (de vez em quando!)
assistir ao show do cantor predileto,
de sermos tratados com educação,
sair da dieta no fim de semana,
cantar mesmo que desafinado,
dar e receber demonstrações de carinho,
chorar de rir,
chorar de dor,
andar de cabeça erguida,
de viver um grande amor,
ser autêntico,
comprar algo que dê vontade (mesmo que tenha que passar o resto do mês no aperto!),
de comemorar aniversários,
fazer exercícios,
de ter amigos de verdade,
de seguir instintos e intuições.
dias quentes ao ar livre,
farra no carnaval,
de abraçar quem a gente gosta,
aprender a cozinhar nem que seja apenas um prato (mas que se torne a especialidade)
sorvete de fruta no calor,
de dizer não,
deixar o orgulho de lado,
comer até ficar triste (de vez em quando!)
assistir ao show do cantor predileto,
de sermos tratados com educação,
sair da dieta no fim de semana,
cantar mesmo que desafinado,
dar e receber demonstrações de carinho,
chorar de rir,
chorar de dor,
andar de cabeça erguida,
de viver um grande amor,
ser autêntico,
comprar algo que dê vontade (mesmo que tenha que passar o resto do mês no aperto!),
de comemorar aniversários,
fazer exercícios,
de ter amigos de verdade,
de seguir instintos e intuições.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
I think I’m moving but I go nowhere
http://www.youtube.com/watch?v=nBDbUVXXp-U&eurl=http://www.orkut.com/FavoriteVideoView.aspx?uid=14028874222177899685&ad=1204096033
...a gente sempre acha que achou a pessoa certa com 16 anos...
e talvez seja verdade!
Assista Juno.
...a gente sempre acha que achou a pessoa certa com 16 anos...
e talvez seja verdade!
Assista Juno.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
A la Cicarelli
ficava olhando fixamente para o mar pensando como era possível que aquele cenário nunca tivesse sido palco de suas loucuras amorosas, ou nem tanto amorosas, apenas loucuras
ficava lembrando das oportunidades
ficava imaginando as possibilidades
ficava pensando na água gelada
ficava pensando no sal grudando em todas as partes
ficava pensando...
olhando os casais e pensando...
o que aprendi no Rio de Janeiro
que é fácil caminhar grandes distâncias quando não conhecemos os cainhos e não sabemos que estamos longe de onde queremos chegar
que o samba é a melhor música do mundo, é ginga e poesia
que o carnaval no Rio dura mais que no resto do mundo (é por isso que vai gente do mundo todo pra lá)
que às vezes as distâncias são apenas uma questão de compahia e senso de humor
que é possível conhecer a cidade quase toda só correndo atrás dos blocos de carnaval
que é muito fácil fazer amizade em quartos de albergue
que dormir nem sempre é uma escolha, pode virar artigo de luxo
que até quem não toma chop não recusa uma devassa
que o biscoito globo e o mate sofrem infação dependendo da praia
que confundir o Pão de Açúcar com o Dois Irmãos vai ser motivo de chacota para o resto da vida
que frequentar a Garcia D´Avila não é pra qualquer um
que se quiser ir de Niterói para a Barra é melhor reservar o dia todo
que o gatinho da balada pode te fazer um interurbano no dia seguinte
que todo(a) carioca tem ou pelo menos tenta ter um corpo sarado
que até no carnval vale dar uma segunda chance e se apaixonar
que os carros alegóricos parecem muito maiores na TV
que é bom não ter juízo, mas é indispensável ter responsabilidade
que "se bater saudade é que virou verdade a nossa ilusão"
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Paixão de carnaval
Ele é vascaíno
torce pra Portela
e gosta de Vinícius
Ele teve o pior e o melhor beijo
cumpriu todas as promessas
e me mostrou o nascer do sol mais bonito
mas amor de carnaval
não faz viagem internacional
e hoje eu volto a dormir sozinha
torce pra Portela
e gosta de Vinícius
Ele teve o pior e o melhor beijo
cumpriu todas as promessas
e me mostrou o nascer do sol mais bonito
mas amor de carnaval
não faz viagem internacional
e hoje eu volto a dormir sozinha
Ah... o carnaval que inspira paixões
Ensaiei meu samba, o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim,
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria,
E ela jurou, desfilar pra mim.
Minha escola, estava tão bonita,
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim,
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou, desfilar pra mim.
E ela jurou, desfilar pra mim.
Mas chegou, o carnaval,
E ela não, desfilou,
Eu chorei, na avenida eu chorei
Não pensei que mentia,
A cabrocha que eu tanto amei.
Minha escola, estava tão bonita,
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim,
Em retalhos de cetim,
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou, desfilar pra mim.
Mas chegou, chegou...o carnaval,chegou o carnaval
E ela não, desfilou,
Eu chorei, na avenida eu chorei
Não pensei que mentia,
A cabrocha que eu tanto amei...
Música: Retalhos de cetim
Autoria: Benito di Paula Interpretação: Benito di Paula
sábado, 26 de janeiro de 2008
Será mesmo?
“ESCREVER É FÁCIL: VOCÊ COMEÇA COM UMA LETRA MAIÚSCULA E TERMINA COM UM PONTO FINAL. NO MEIO VOCÊ COLOCA IDÉIAS.”
Pablo Neruda
Pablo Neruda
Visitar o passado
Se dizem que uma pessou não é aquilo que ela pensa que é,
mas é aquilo que faz,
então,
dispenso todos os elgogias a mim dedicados
dispenso as flores por mim sacrificadas
dispenso o amor que por alguns me foi dado
hoje me olhei e senti suja
o passado veio à tona
o pior é que tenho mania de enterrar o passado
não consigo nem me justificar do mal praticado, já que preferi deixá-lo há muito
tempo para trás
ora, malditos os que tem a capacidade de desenterrar o mal cometido pelos outros
e o que era passado volta como assustador fantasma real ao presente
eu estava bem aqui
não quis visitar o que fiz de errado
hoje no banho,
me lavei como quem esfrega o pecado
queria que ele escorresse pelo ralo
e que voltasse ao seu lugar
onde eu não me preocupava mais com ele
será possível!?
mas é aquilo que faz,
então,
dispenso todos os elgogias a mim dedicados
dispenso as flores por mim sacrificadas
dispenso o amor que por alguns me foi dado
hoje me olhei e senti suja
o passado veio à tona
o pior é que tenho mania de enterrar o passado
não consigo nem me justificar do mal praticado, já que preferi deixá-lo há muito
tempo para trás
ora, malditos os que tem a capacidade de desenterrar o mal cometido pelos outros
e o que era passado volta como assustador fantasma real ao presente
eu estava bem aqui
não quis visitar o que fiz de errado
hoje no banho,
me lavei como quem esfrega o pecado
queria que ele escorresse pelo ralo
e que voltasse ao seu lugar
onde eu não me preocupava mais com ele
será possível!?
Oração
Dai-me a alegria
Do poema de cada dia.
E que ao longo do caminho
Às almas eu distribua
Minha porção de poesia
Sem que ela diminua...
Poesia tanta e tão minha
Que por uma eucaristia
Possa eu fazê-la sua
"Eis minha carne e meu sangue!"
A minha carne e meu sangue
Em toda a ardente impureza
Deste humano coração...
Mas, ó Coração Divino,
Deixai-me dar de meu vinho,
Deixai-me dar de meu pão!
Que mal faz uma canção?
Basta que tenha beleza...
Mário Quintana
Do poema de cada dia.
E que ao longo do caminho
Às almas eu distribua
Minha porção de poesia
Sem que ela diminua...
Poesia tanta e tão minha
Que por uma eucaristia
Possa eu fazê-la sua
"Eis minha carne e meu sangue!"
A minha carne e meu sangue
Em toda a ardente impureza
Deste humano coração...
Mas, ó Coração Divino,
Deixai-me dar de meu vinho,
Deixai-me dar de meu pão!
Que mal faz uma canção?
Basta que tenha beleza...
Mário Quintana
domingo, 13 de janeiro de 2008
Ah! o amor...
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Buenos Aires >> 28.12 hasta 2.01
Vamos?
sábado, 5 de janeiro de 2008
Efemeridade
Eu não queria que ele chorasse. Mas, era seu pai. Se foi. E ele longe do pai. A obrigação de voltar confrontava-se frontalmente com a vontade de esquecer os problemas. Eu tentava ser uma boa companhia. Pra mim é muito difícil ser forte nessas horas. Na outra encarnação é bem possível que eu tenha sido uma carpideira, sabe aquelas mulheres contratadas para chorar em enterros!? Naquele elevador quente eu olhava pra cima pra não encará-lo e cantarolava baixinho. Tree little birds... Every little thing is gonna be alright... Meus olhos marejados estavam fixos no teto do elevador. Os olhos dele cheios de dúvida estavam fixos em mim. Agarrá-lo ali e enche-lo de beijos não adiantaria nada. Só sabe a dor de perder um pai quem já perdeu o pai. Então, eu continuava cantarolando. Do décimo ao térreo parecia uma viagem. Despedi e ele correu pro aeroporto. De volta ao quarto chorei na enorme cama vazia. No fim da tarde o telefone tocou. Não tinha vôo. Ele tava de volta. Eu só queria fazer amor e fazê-lo esquecer do resto. Ele quis apenas ficar de conchinha.
um pulinho bem ali...
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