terça-feira, 25 de agosto de 2009

Continuo a chorar


Antes chorava porque sabia que ele não era o amor da vida.

Agora que achei você, choro com medo de perder o amor da vida.

Dos livros

Ler é cultivar-se.

Chama-me para brincar!?


Eu voltava de mais uma das minhas caminhadas, para cuidar do corpo e da mente, e já na minha rua me deparei com a cena. Eram quase 6 da tarde, o sol caindo e as crianças, terminando o dever de casa começam a sair para brincar.

Quem cresceu morando em casa, com rua cheia de vizinhos, ou até mesmo em apartamentos, onde a molecada da mesma idade se reúne para brincar embaixo do bloco, sabe do que estou falando.

O garoto gorducho de blusa regata e short de elástico relaxado para na porta da casa ao lado da sua e chama:

- Você pode brincar?

Desacelerei o passo e tornei-me espectadora de minhas lembranças. O sentimento mais forte não foi o de nostalgia. Comecei a pensar porque gente grande não brinca mais. A gente trabalha. Namora. Enche os shoppings. Corre a pé. Corre de carro. Corre contra o tempo.

Bom mesmo era correr no pique-pega. Correr jogando bola. Correr pra rua quando acaba o dever de casa.

Se a gente soubesse aos 8 anos como é bom ter 8 anos. Se a gente soubesse que ser adulto é tão sem graça. Se a gente soubesse mais do amanhã, cuidaria de viver mais o hoje.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O tempo que se perde esperando


Cada vez mais as pessoas reclamam que não tem tempo. Eu sou uma delas. E na sala de espera de um consultório qualquer num dia de apenas 24 horas e muitas coisas para fazer, me peguei com vontade de escrever sobre o tempo que perdemos esperando. É na fila do banco. É para ser atendida pelo dentista. É para reclamar na empresa do celular. É para conseguir vaga com aquele médico do convênio. E mais um mês para conseguir fazer o exame que ele pediu. Espera para cortar o cabelo. Horas na fila do supermercado. Atendimento pelo Call Center de empresas aéreas, já tentou!? Lembrei, tava esperando era pra ser atendida na terapia. Acho que já vou entrar lá gritando... será que ainda vou ter que esperar muito? Estou ficando ainda mais louuuuuca...

De volta

Ativa. Desativa.
Turn ON. Turn OFF.
Ânimo. Desânimo.
Inspira. Respira. Suspira.
Aberta mais uma temporada de posts…
Sem previsão de duração!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Balzac


O casal e o sexo“Na cama está todo o casamento.”


A Mulher e as Nações"Quem pode governar uma mulher pode governar uma nação."


O silêncio do infiel"Um marido, como um governo, nunca deve confessar a culpa."


A Mulher que Ama Demais“No amor, é certo que se dermos demasiado não receberemos bastante. A mulher que ama mais do que é amada há de necessariamente ser tiranizada. O amor durável é o que tem sempre as forças dos dois seres em equilíbrio.”


A Mulher Infiel"Ainda não foi possível decidir se a mulher é levada a tornar-se infiel mais por não conseguir se refrear do que pela liberdade que encontra para a traição."


Tudo de Balzac

O que é um momento inesquecível?

Essa é uma pergunta que podemos levar anos da vida para responder. Quer dizer, se procurarmos uma explicação mais objetiva que subjetiva, mais informativa a emotiva, será difícil achar uma respota.


Os momentos inesquecíveis são justamente os mais difíceis de descrever. Mas, são os que resproduzem pela memória as sensações.

Um momento inesquecível deixa marcado aromas, sabores, frio na barriga.

Pode ser uma paisagem bonita, um jantar romântico, uma perda irreparável, uma conquista, uma noite de amor, uma montanha russa, um nascimento, um sim ou um não.
Pode ser traduzido por uma música, uma foto ou até personificado.
Pode trazer à tona um sorriso ou um olhar marejado.

Se é impossível ser feliz o tempo todo, procuremos viver muitos momentos memoráveis.

Alguns são imprevisíveis, mas vários outros podem ser produzidos por nós mesmos. Todos são igualmente presentes de Deus.


Viver é esperar o fim

Existir de modo autêntico é aceitar viver na temporalidade de um destino de ser-para-a-morte.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Não é meu, mas quero guardar


Pedir Bis


Eu pediria bis...
de uma lua cheia refletida na água
da música predileta
um beijo na pessoa amada
do colo de mãe
uma bela paisagem
mais uma música no fim do show
uma boa noite de sono
mais um dia de sol na praia
da bebida predileta
de um filme que emociona
uma boa risada
do chocolate que você come vários e até esquece das calorias
da sensação de frio na barriga da aprovação no vestibular, da formatura, de um grande amor
mais um gol do time do coração
...
e tudo isso sem peso na consciência!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

seria tão bom se fosse mais fácil...

É difícil me adaptar a vontade de ter você por perto compartilhando meu dia-a-dia. É difícil me adaptar a saudade. É difícil voltar de nossos encontros e não sentir um vazio profundo. É difícil ver a cadeira do cinema ao meu lado vazia. É difícil acordar sem poder te dar um bom dia olhando nos seus olhos que se apertam quando você sorri. É difícil ficar sozinha no fim de semana quando as amigas estão nos programas de casais. É difícil falar em casamento sem ter a mínima idéia de como estaremos em 2 anos. É difícil esse negócio de namorar à distancia.

Mas é fácil gostar de alguém tão carinhoso. É fácil adormecer deitada no meu travesseirinho. É fácil morrer de rir com nossas trapalhadas e conversas bobas. É fácil me divertir com sua companhia. É fácil querer passar o resto da vida com alguém tão atencioso e amável. É fácil sair para jantar quando o casal é bolinha. É fácil confiar em alguém que demonstra tanta honestidade. É fácil amar mesmo longe, quando se sabe que o amor é de verdade e é compartilhado. É fácil fazer xixi na praia quando tem alguém pra te segurar e esconder. É fácil até ficar 6 horas no engarrafamento quando o silêncio não incomoda. É fácil até encontrar poesia em música sertaneja.
(cópia do 1º e-mail do ano)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Longo 2008


Ganhei o maior presente: meu afilhado.
Passei um mês indo ao hospital sem poder conhecê-lo.
Tive meu primeiro 13º salário e um mês de férias remuneradas.
Chorei e tive tanta raiva que tive vontade de quebrar o que achava pela frente.
Tive minha maior dor de cotovelo de toda a vida.
Tive muitos problemas com quem considerava amigos e me afastei de muitos deles.
Me senti só, muito só, mas não falei pra ninguém.
Viajei como nunca: Argentina, Goiânia, Rio de Janeiro, Patos de Minas, Caldas Novas, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba, Garopaba, Pirinópolis, Curitiba, Curitiba...
Fui pela 1ª vez a Festa do Milho e até casei lá.
Completei a dúzia.
Parti alguns corações e tive o coração espatifado.
Aprendi muito sobre o amor e sobre confiança.
Aprendi pagando que o que fazemos de errado sempre volta.
Tive vários namoradinhos, mas só um namorado de verdade.
Continuei com meus flertes internacionais.

Ouvi o coral do HSBC.
Continuei na terapia e fiz até um retiro com outros pacientes, inclusive meus pais. Sai de lá com a impressão de que a minha é a família Buscapé.
Passei o Carnaval no Rio de Janeiro.
Assisti o desfile das campeãs na Sapucaí.
Tive até um namoradinho de carnaval que mora em NY.
Estudei e muito para o Concurso do Senado. Até fui aprovada, mas em 56º.
Quase marquei a data do casamento no último dia do ano.
Trabalhei até entrar em crise e depois tive meu trabalho muito valorizado.
Mudei as fotos do meu mural.
Joguei fora cartas antigas.
Fiz muitos limpas no guarda roupas, mas continua entupido.
Fiz a locução do programa das EJNS na rádio.
Tirei muitas fotos, e até trabalhei com isso.
Fui a três casamentos de amigos.
Não peguei nenhum buquê.
Chorei pela passagem do meu sogro que nem cheguei a conhecer.
Passei um semestre vadiando com muitas tardes livres.
Fiz um curso de telejornalismo e fui eleita a miss simpatia.
Me apaixonei algumas vezes, me permiti viver intensamente um amor à distância.
Descobri que para o amor sempre há uma segunda chance e que ninguém é insubstituível.
Vi vários colegas serem demitidos.
Fiz sexo num hotel com a vista mais linda do RJ.
Comecei o ano em Buenos Aires e terminei na praia de Ferrugem.
Participei e vi o quarteto fantástico sucumbir definitivamente.
Passei na primeira fase do mestrado, mas ainda não foi dessa vez.
Li muito. De Platão a Direito Constitucional e novas tendências da Comunicação.
Viajei escondido.
Adquiri um nextel.
A tensão em minha casa continuou e continua.
Fiz amor na cachoeira e na praia em plena noite de réveillon.
Fiz com gente do lado.
Fortaleci e cresci com uma grande amizade.
Andei de trem.
Provei muitas comidas esquisitas.
Tomei champagne de R$ 400,00.
Fui de camisola ao supermercado e subi na tocha na mesma noite.
Fiquei hospedada num albergue em Ipanema.
Fiz um vídeo para a família no natal.
Bebi. Cai e levantei várias vezes.
Tomei porre de absolut na entrada e despedida de 2008.
Aprendi a me expressar melhor, ouvir críticas e a não me justificar tanto.
Cantei com Maria Rita, Lenine, Paulinho da Viola, Monobloco, Adriana Calcanhoto, Djavan, Paulinho Moska, André Lelys, Jorge e Mateus, Ivete, Victor e Leo.
Escrevi e li poesia.
Aprendi muito com minha equipe de trabalho.
Aprendi a ser mais tolerante e que tenho que falar mais baixo.
Senti muita saudade.