terça-feira, 25 de agosto de 2009

Continuo a chorar


Antes chorava porque sabia que ele não era o amor da vida.

Agora que achei você, choro com medo de perder o amor da vida.

Dos livros

Ler é cultivar-se.

Chama-me para brincar!?


Eu voltava de mais uma das minhas caminhadas, para cuidar do corpo e da mente, e já na minha rua me deparei com a cena. Eram quase 6 da tarde, o sol caindo e as crianças, terminando o dever de casa começam a sair para brincar.

Quem cresceu morando em casa, com rua cheia de vizinhos, ou até mesmo em apartamentos, onde a molecada da mesma idade se reúne para brincar embaixo do bloco, sabe do que estou falando.

O garoto gorducho de blusa regata e short de elástico relaxado para na porta da casa ao lado da sua e chama:

- Você pode brincar?

Desacelerei o passo e tornei-me espectadora de minhas lembranças. O sentimento mais forte não foi o de nostalgia. Comecei a pensar porque gente grande não brinca mais. A gente trabalha. Namora. Enche os shoppings. Corre a pé. Corre de carro. Corre contra o tempo.

Bom mesmo era correr no pique-pega. Correr jogando bola. Correr pra rua quando acaba o dever de casa.

Se a gente soubesse aos 8 anos como é bom ter 8 anos. Se a gente soubesse que ser adulto é tão sem graça. Se a gente soubesse mais do amanhã, cuidaria de viver mais o hoje.