quarta-feira, 16 de julho de 2008

lendo, escrevendo e sentindo poesia


Eu deveria estar estudando, mas estou chorando na frente do computador. Rolei a barra até o fim, voltei a ler antigos escritos... ah... quantos desabafos (e eu deveria estar estudando).

Foi surpreendente ver quanta dor, quanta beleza, quanta alegria, quantas dúvidas, quanta inspiração. E isso aqui continua a cumprir sua função onde despejo desejos, neste espaço público de meu anonimato.

Achei que estudar seria fácil e me ajudaria a fugir de minha mente perturbada dando um foco aos pensamentos, que nada, troquei agora os estudos para passar o tempo lendo, escrevendo e sentindo poesia.

DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente,
em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão,por toda parte,os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!
M.Quintana

AH, A ESTA alma que não arde


AH, A ESTA alma que não arde

Não envolve, porque ama,
A esperança, ainda que vã,
O esquecimento que vive
Entre o orvalho da tarde
E o orvalho da manhã.

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,

Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.
Viver é não conseguir.

De Fernando Pessoa

Por que esta louca vontade de ter o mundo aos pés, se vivo a incapacidade de me apaixonar? Faço de momentos de boa companhia a alegria de dias de recordações dolorosas. Faço da vontade de ser amada o escape de quem não consegue se entregar. Num efeito de medusa fiz com os que se aproximaram verdadeiramente de mim tivessem roubado o encanto, e hoje, isso se transforma no meu pranto, de quem muito teve, tem, quer, mas não sabe o que amar. De mim. De quem sofre por ter tanto em pouco e tão pouco na maior parte do tempo.

domingo, 6 de julho de 2008

Emília conversa com Visconde


Fim de semana em São Paulo sendo iluminada por poesia e obras de arte,
e sendo atordoada por idéias mirabolantes de mente e coração inquietos...