quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Receita para 2008




Em 2008


Propague o amor. Propague o sorriso. Propague a felicidade.




Dê um abraço. Escreva uma carta de amor. Dê "bom dia" pra um desconhecido. Beije o seu pai. Leia Neruda, leia Quintana também. Corte o cabelo sem medo do resultado (mas não faça isso com suas próprias mãos). Ouça historias dos mais velhos (um dia você vai precisar que alguém te ouça). Tome um banho de chuva. Assista novela com sua mãe. Pise em folhas secas. Coma fruta do pé. Acorde tarde sempre que puder. Fuja dos regimes. Tome sorvete de macadâmia. Solte pipas. Viaje com os amigos. Tome um porre (só as vezes). Vá ao estádio. Mande flores. Torça pelo Brasil. Seja gentil. Cuide dos seus joelhos. Invente um parto ou um drink. Aprenda uma cambalhota (nem que seja embaixo d´agua). Ande descalço pela casa. Coloque os pés na areia. Pare para admirar o pôr-do-sol. Dance forró, samba, o que for. Troque seu Ipod com um amigo. Enterre os pés na areia. Faça coisas que você tem medo. Tome sol. Deite na grama. Tire fotografias. Faça careta. Diga "te amo" a quem você realmente ama. Escute o vento. Esqueça o celular em casa. Vá sozinho ao cinema. Corra no parque, se não der conta apenas caminhe. Visite os amigos. Faça uma lista e "get it done". Tome um delicioso chocolate quente. Chore, grite, berre, e fale alto (não sempre). No fim do dia, apenas relaxe...
(essa é a minha receita)
também vale comer 12 uvas - uma pra trazer fartura a cada mês do novo ano-; pular 7 ondas; colocar fitas coloridas no pulso; usar calcinha cor-de-rosa pra chamar amor e amarela pra chamar dinheiro. Vale tudo, se a gente acreditar que pra isso se realizar, além das simpatias, será preciso de um pouquinho de esforço nosso :)

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens(planta recebe mensagens?passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa,justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começandopelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novoque mereça este nome,você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

(por Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 23 de dezembro de 2007

Seu olhar

Conversa fiada

(...)
Na próxima vida vou ser um grande matemático
Porque a matemática é o único pensamento sem dor...
Prometo, prometo sim... Estou mentindo? Estou!
Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo

M.Q

Este ano


Formei.
Insisti mais uma vez em um amor, mas também tentei descobrir novas paixões.
Ganhei deliciosos jantares.
Inaugurei um apartamento novo.
Li e escrevi muita poesia.
Ganhei um castelo.
Criei um blog.
Me rendi a terapia.
Fiquei desempregada.
Fiz planos que não deram certo.
Armei barraco na Polícia Federal.
Senti frio na barriga: na hora de apresentar monografia; na hora do primeiro beijo.
Emagreci. Engordei. Emagreci.
Fui oradora da turma.
Continuei comprando roupas decotadas.
Fui admitida em um novo emprego.
Fiz amor desacordada.
Cuidei de bêbados.
Tomei muitos porres.
Dormi fora de casa escondida.
Fiz uma amiga de 4 anos.
Tomei sorvete de macadâmia.
Tirei 10 na monografia.
Vi muitas pessoas especiais partirem.
Chorei.
Chorei de alegria, de tristeza, de TPM, de emoção, de saudade, de desespero...
Cantei no palco.
Pulei do Palco.
Escrevi cartas.
Fui professora.
Me acabei no meu baile de formatura.
Andei de wakeboard.
Fiz amor de formas inusitadas.
Passei o carnal na rua, na chuva, na fazenda.
Correi com o Willian Bonner.
Fiz e falei coisas que não lembro.
Fui responsável da Lourdinha.
Cortei o pé.
Cantei junto de Nando Reis, Maria Rita, Cidade Negra, Lulu Santos, Vitor e Leo, Paula Lima, Vanessa da Mata, Paulinho Moska, Frejat, e muito mais...
Perdi meu avô.
Dividi um brownie gigante com as amigas.
Fizemos despedida de solteira e festa no motel.
Tive alguns namoradinhos.
Tive um chicletinho.
Fiz muitas caretas pra fotos.
Continuei teimosa e orgulhosa.
Andei de bote.
Tomei banho no Lago.
Fiz meditação.
Fiz novos amigos e não cuidei como deveria de algumas velhas amizades.
Ajudei a realizar sonhos.
Mudei o quarto.
Fui pra cachoeira com as amigas, com ele, com alunos.
Chorei em shows do Nando Reis e Paulinho Moska, lembrando de alguém.
Tentei cuidar mais da família e dizer mais vezes "Eu te amo".

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Espelho do céu


Gosto de olhar o céu. Mas não é de olhar de passar o olho. Não é olhar de óculos escuros. É olhar de capelo giavota. Olhar de quem se perde em formas de nuvens, na luz que ofusca, na beleza irretocável da lua.
É olhar de quem ama até o céu de chuva. As gotas que lavam o chão, as folhas, a alma. E o que falar das noites de lua. Dá pra entender o fascínio de escritores, poetas, dos amantes. Os primeiros contam histórias de lobisomem e surrealismo. Os segundos falam dos amantes. E os amantes não falam nada, apenas se beijam.
Eu queria era beijar o céu, a lua e as estrelas. Queria pegar no algodão das nuvens e enxergar o coelho da lua. Queria tocar lá em cima, onde dizem que está Deus. mas, meu maior medo de voar alto é depois cair.