“ESCREVER É FÁCIL: VOCÊ COMEÇA COM UMA LETRA MAIÚSCULA E TERMINA COM UM PONTO FINAL. NO MEIO VOCÊ COLOCA IDÉIAS.”
Pablo Neruda
sábado, 26 de janeiro de 2008
Visitar o passado
Se dizem que uma pessou não é aquilo que ela pensa que é,
mas é aquilo que faz,
então,
dispenso todos os elgogias a mim dedicados
dispenso as flores por mim sacrificadas
dispenso o amor que por alguns me foi dado
hoje me olhei e senti suja
o passado veio à tona
o pior é que tenho mania de enterrar o passado
não consigo nem me justificar do mal praticado, já que preferi deixá-lo há muito
tempo para trás
ora, malditos os que tem a capacidade de desenterrar o mal cometido pelos outros
e o que era passado volta como assustador fantasma real ao presente
eu estava bem aqui
não quis visitar o que fiz de errado
hoje no banho,
me lavei como quem esfrega o pecado
queria que ele escorresse pelo ralo
e que voltasse ao seu lugar
onde eu não me preocupava mais com ele
será possível!?
mas é aquilo que faz,
então,
dispenso todos os elgogias a mim dedicados
dispenso as flores por mim sacrificadas
dispenso o amor que por alguns me foi dado
hoje me olhei e senti suja
o passado veio à tona
o pior é que tenho mania de enterrar o passado
não consigo nem me justificar do mal praticado, já que preferi deixá-lo há muito
tempo para trás
ora, malditos os que tem a capacidade de desenterrar o mal cometido pelos outros
e o que era passado volta como assustador fantasma real ao presente
eu estava bem aqui
não quis visitar o que fiz de errado
hoje no banho,
me lavei como quem esfrega o pecado
queria que ele escorresse pelo ralo
e que voltasse ao seu lugar
onde eu não me preocupava mais com ele
será possível!?
Oração
Dai-me a alegria
Do poema de cada dia.
E que ao longo do caminho
Às almas eu distribua
Minha porção de poesia
Sem que ela diminua...
Poesia tanta e tão minha
Que por uma eucaristia
Possa eu fazê-la sua
"Eis minha carne e meu sangue!"
A minha carne e meu sangue
Em toda a ardente impureza
Deste humano coração...
Mas, ó Coração Divino,
Deixai-me dar de meu vinho,
Deixai-me dar de meu pão!
Que mal faz uma canção?
Basta que tenha beleza...
Mário Quintana
Do poema de cada dia.
E que ao longo do caminho
Às almas eu distribua
Minha porção de poesia
Sem que ela diminua...
Poesia tanta e tão minha
Que por uma eucaristia
Possa eu fazê-la sua
"Eis minha carne e meu sangue!"
A minha carne e meu sangue
Em toda a ardente impureza
Deste humano coração...
Mas, ó Coração Divino,
Deixai-me dar de meu vinho,
Deixai-me dar de meu pão!
Que mal faz uma canção?
Basta que tenha beleza...
Mário Quintana
domingo, 13 de janeiro de 2008
Ah! o amor...
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Buenos Aires >> 28.12 hasta 2.01
Vamos?
sábado, 5 de janeiro de 2008
Efemeridade
Eu não queria que ele chorasse. Mas, era seu pai. Se foi. E ele longe do pai. A obrigação de voltar confrontava-se frontalmente com a vontade de esquecer os problemas. Eu tentava ser uma boa companhia. Pra mim é muito difícil ser forte nessas horas. Na outra encarnação é bem possível que eu tenha sido uma carpideira, sabe aquelas mulheres contratadas para chorar em enterros!? Naquele elevador quente eu olhava pra cima pra não encará-lo e cantarolava baixinho. Tree little birds... Every little thing is gonna be alright... Meus olhos marejados estavam fixos no teto do elevador. Os olhos dele cheios de dúvida estavam fixos em mim. Agarrá-lo ali e enche-lo de beijos não adiantaria nada. Só sabe a dor de perder um pai quem já perdeu o pai. Então, eu continuava cantarolando. Do décimo ao térreo parecia uma viagem. Despedi e ele correu pro aeroporto. De volta ao quarto chorei na enorme cama vazia. No fim da tarde o telefone tocou. Não tinha vôo. Ele tava de volta. Eu só queria fazer amor e fazê-lo esquecer do resto. Ele quis apenas ficar de conchinha.
um pulinho bem ali...
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