terça-feira, 31 de julho de 2007

(des)cuidados com a beleza




Hoje, depois de minha corridinha matinal - para ficar bem no vestido da formatura, aconteceu um caso, do tipo que eu chamaria "só acontece comigo". Resolvi tirar a manhã para um trato no visual. Os passos seriam: hidratação nos cabelos – que estão muito ressecados por causa do tempo e das luzes; esfoliação facial e depilação – onde não importa. Minha mãe tem uma caixa com vários produtos de uso eventual, na parte mais baixa do armário. Agachei, ainda com as pernas um pouco cansadas do exercício e peguei primeiro o esfoliante, que já estou acostumada a usar. Na hora de escolher o creme para o cabelo, como faz tempo que mexo nos cremes, não sabia o que pegar. Então, fiz como fazem as crianças: deixei que o pote mais bonito brilhasse aos meus olhos. Pensei: "esse tem cara de ser dos bons!". Busquei rapidamente o "modo de usar" para ver se tinha alguma instrução para um resultado melhor nas madeixas. A única indicação era: uso profissional. O potão pesado, ainda pouco usado tem escrito bem grande em letras prateadas: "creme de massagem". Ótimo. Enchi a mão, comecei a passar pelas pontas. O creme ao invés de espalhar, grudava. O cheiro forte foi subindo e me lembrou as sessões de drenagem linfática. PUTZ! Como que lesada! Creme para massagem do corpo! Corri novamente para debaixo do chuveiro, passei umas cinco mãos de xampu até desempregnar o grude. Como eu ria. Ri demais. O pote ainda estava sobre a pia e resolvi ler melhor o rótulo, foi quando ri mais ainda: "Algas marinhas e parafina". Voltei à caixa da mamãe e achei um pote hidratação profunda para os cabelos, li até as letras mais miudas para não cometer nenhum engano. "Hidratação profunda para os cabelos. Aplique massageando bem". Agora sim! E, mais do que nunca, eu precisava urgente de uma hidratação.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

MANIAS QUE ENFEIAM

O texto desse post é um conselho de Clarice Lispector, publicado no livro Correio Feminino (ótima dica de leitura para as garotas e para os meninos que querem entender mais sobre o profundo universo feminino), que fala sobre manias que as mulheres devem evitar. Muito legal, apesar de longo, vale os minutinhos de leitura.

"Manias que enfeiam

Existem muitas, e muitas também são as mulheres que as cultivam, sem pensar que com isso estão se prejudicando. Por exemplo, a mania de estar sempre comendo alguma coisa, como chocolate, um caramelo, ou um sorvete, como se vivesse eternamente com fome. Além de extremamente deselegante, dá a impressão de que não come o bastante o casa. Os homens detestam isso. Sem falar nas gordurinhas supérfluas que essa gulodice constante faz aparecer.

Outra mania prejudicial é aquela de falar alto, rir alto, esquecer quem está ao seu lado para dirigir-se ao público à volta. Esse público, geralmente, presta atenção, espantado e curioso pensando intimamente coisas muito pouco abonadas sobre a tagarela. Sem consciência disso ela continua seu show, alheia ao constrangimento do companheiro e risinho maldoso dos estranhos... os homens costumam fugir apavorados desse tipo de mulher. Os homens são, quase sempre, mais discretos e tem horror ao espalhafato.

Ainda um defeito muito desagradável é a mania de ser vítima que tem algumas mulheres. Queixam dos filhos, do marido, dos parentes, do ar que respiram, do asfalto que pisam, do calor, do frio, de tudo. Só sabem queixar-se. Quando lhes acontece apanhar alguma doença, entregam-se de corpo e alma, a doença, séria ou não, passa a ser a razão de sua vida, assunto de todas as horas.

Como centro do universo, ela, vítima profissional, explora ao máximo qualquer dorzinha, qualquer mudança de temperatura, qualquer tonteira sem gravidade. Em pouco tempo, todo mundo detesta a sua companhia, não suporta suas lamúrias. E entre esse todo mundo, estão, naturalmente, os homens, noivos, maridos ou simples conhecidos. Dos três tipos de manias que apontei, esta é a pior. O ar eternamente choroso torna feia a mulher, envelhece, cava sulcos na face, rouba o brilho dos olhos. Beleza é sinônimo de alegria e saúde. A mulher inteligente procura sempre aparentar uma e outra – pelo menos aparentar – para manter o cetro de mulher atraente.

Por favor, minhas amigas, se uma de vocês tem qualquer dessas manias, ou outras que não citei, livre-se delas, o mais breve possível! Controle o vício das guloseimas, a vaidade de chamar a atenção e o desejo de atrair a piedade alheia. Afinal, piedade é sentimento que humilha aquela a quem é dirigida."

sábado, 28 de julho de 2007

BAILARINAS


Ainda quero ser flor

para dançar com o vento



(Foto hoje no parque)

ARRANHAR, COLORIR E VIAJAR




Hoje acordei com vontade de arranhar alguém
a música dos meninos que tem sonho de Pop Star me fez sentido hoje
Os dias em Brasília estão amanhecendo cinza
so do I

Mas, aos poucos o céu lá fora clereia
e aqui dentro também
Já quero sorrir, já quero dançar
e vibro como as cores de Almodóvar

Tô com saudades dos meus pés encostando na areia
do vento que faz a gente ficar impregnado dos grãos no corpo salgado
Correr sentindo a água gelada do mar até a canela é bomDa água do mar que faz a gente querer fazer coisas
Devo estar com vontade dessas coisas também
Meus pensamentos são lembranças de coisas que nem aconteceram
Viajo nos infinitos
do céu, do mar e dos meus e dos seus pensamentos.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

O ÚLTIMO PÔR DO SOL


No dia em que você foi embora,
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que não vivi pensando em nós dois
(...)
No dia em que você foi embora,
Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
Por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois
letra de Lenine
sentimento meu

AMOR QUE SE PRENDE MORRE


O que é maior num amor que se encerra?

A dor do fim ou, mais tarde, o fim da dor?

Proust falou sublimemente sobre o fim da dor. O fim da dor nos faz duvidar de que tenhamos realmente amado. Por isso machuca tanto. Nelson Rodrigues disse que o amor só é amor se for eterno. Mas era mais um jogo de palavras do que realidade. Como tudo, há um tempo para o amor florescer e há um tempo para ele acabar. O budismo tem a palavra certa: impermanência.


Amor que se prende morre


“Eu tinha quase tudo,
uma poesoa e uma canção
E uma vida pra jogar
Joguei no amor, tão grande,
Que pensei nunca acabar
A canção, a poesia, mais a vida por guardar


Amor que se prende morre
Quer voar, a gente solta
Olha, não demora muito
Pra gente esperar a volta

Vai, enquanto é dia
Anda, vai ser feliz”

quinta-feira, 26 de julho de 2007

JEITO DE MENINA




minha cor predileta é cor-de-rosa


minhas bochechas são rosadas


gosto mais das saias


nunca perdi a mania de ser chorona


sento com as pernas abertas


ainda tenho hora pra chegar em casa


Mas minha libido é vermelha.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

DESABAFOS




estado em que se encontram as coisas aqui dentro



A previsão do tempo já havia anunciado a chegada iminente de um temporal
Esqueci de preparar o guarda-chuvas
No dia em que você foi embora eu fiquei abraçada nas nossas lembranças inundadadas pelo temporal da saudade.